Cantando sobre arrepios pelo corpo todo ("Goosebumps") e sobre o verão em uma praia na Nicarágua ("Beach break"), a americana Julietta tenta a sorte nesta nova onda de cantoras que fazem um pop mais alternativo.
"O pop está mais subversivo e alternativo", define em entrevista ao G1, quando perguntada sobre cantoras como Lorde e MØ. "A música pop sempre foi o estilo que quer causar confusão, com influências infinitas e disruptivas", explica ela.
Neste ano, Julietta vem ganhando espaço em publicações descoladas, como as revistas "Interview" (música "fortemente pegajosa") e "CR" ("um dos talentos mais promissores da cena musical de Nova York").
Entre restaurantes e palcos
Julia Libani, nome real da moça, nasceu em Nova York e ganhou o apelido do pai, quando criança. Em 2013, ela se formou em Marketing e Jornalismo na Emerson College, em Boston (EUA). Mas pulou pra música logo depois. "Comecei do nada. O 'projeto Julietta' é tudo pra mim, mas tive que trabalhar em alguns restaurantes em parte do tempo", lembra ela.
Em shows pelos Estados Unidos, Julietta na maior parte das vezes canta com uma banda. Cantoras em início de carreira geralmente soltam a voz ao som de bases pré-gravadas, acompanhada por um mísero DJ.
"Prefiro o som dos instrumentos. A banda me dá a energia que eu preciso para cantar ao vivo. Fico feliz por estarmos juntos, mesmo tendo pouco ou nenhum dinheiro. É um investimento de tempo quando você sabe que vai crescer e pagar de volta tudo no fim", arrisca.
Primeiro amor, primeiro porre
A cantora conta que a inspiração para escrever letras vem de sensações "inéditas". "Busco emoções como as da primeira vez que me apaixonei ou que eu fiquei meio bêbada", compara. "Quando viajo, eu digo sim para o maior número de oportunidades que posso. Eu me sinto bem quando tento ficar confortável em situações desconfortáveis".
Quem ouve o som de Julietta em plataformas como listas de indie pop no Spotify, geralmente compara o som com o de outra nova-iorquina: Lana Del Rey.
"Isso é incrível. Eu amo a voz da Lana. Lembro de ficar ouvindo a música dela na faculdade. Estava passando por uma fase difícil em uma relação com um ex e ela me fez ficar melhor. Ela e eu temos o mesmo tipo de fãs, mas acho que minha música tem uma vibe um pouco mais indie", explica.
Fonte: Portal G1 | Foto: Divulgação
